segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Mini biblioteca em formato digital disponibilizada pelo MEC

 Coleção Conta pra Mim: uma mini biblioteca em formato digital, com 40 livros disponíveis para download, gratuitamente, sem a necessidade de qualquer tipo de cadastro. Para acessar o conteúdo, basta ir ao site do programa Conta pra Mim: http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim. Dá para ler o livro on-line, imprimir se quiser e, ainda, baixar a versão para pintar com os pequenos. A iniciativa, da Secretaria de Alfabetização (Sealf), do Ministério da Educação (MEC), conta, também, com uma série de vídeos com 20 fábulas de Monteiro Lobato narradas pelo cantor, compositor e violonista Toquinho, além de 8 cantigas infantis também interpretadas pelo artista. Para que o material tenha o maior alcance possível, o MEC se preocupou em preparar uma versão acessível, com Libras e legenda, para cada um dos vídeos. E para quem tem habilidade com instrumentos musicais, também foram disponibilizadas as partituras das cantigas para que os familiares e professores possam tocar para as crianças. 

 

Muito além da alfabetização: a importância do contato com a literatura na infância


 Ampliar o vocabulário, trabalhar sentimentos e alfabetizar são alguns dos objetivos geralmente ligados à leitura de textos literários na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. O contato com a literatura na infância tem, porém, um papel muito mais amplo, que não está ligado somente à busca desses resultados: é através dele que a criança pode se colocar em diferentes papéis e aprender, desde cedo, a apreciar a arte.

Para Andréa Luize, coordenadora pedagógica do Instituto Vera Cruz, a literatura não deve ser enxergada como um meio, mas como um fim em si mesma. “A literatura é importante por si mesma. Ela permite desenvolver o olhar estético e aprender a apreciar e conversar sobre arte”, defende. Além disso, a coordenadora também destaca o aprendizado de novas estruturas da linguagem, diferentes da modalidade oral. “Textos literários têm a possibilidade de usar todos os recursos da língua.”
Outro aspecto importante do contato com a literatura diz respeito à possibilidade de projetar situações: ao ouvir ou ler uma história, a criança pode se colocar no lugar dos personagens, assumindo diferentes papéis. Trata-se de algo semelhante ao que ocorre nas brincadeiras de ‘faz de conta’. “Por meio desse jogo simbólico, as crianças vivem as personagens. Viver significa assumir aqueles traços de personalidade, aquela atitude. Elas tomam partido quando ouvem a história, e é frequente ouvi-las dizendo que são determinado personagem, por se identificarem”, afirma Eloisa Ponzio, coordenadora pedagógica da Escola Vera Cruz.
Essa capacidade de se colocar em situações diferentes durante a leitura se estende à vida adulta – e faz parte da nossa formação, como destaca Eloisa. “A literatura nos ajuda, do ponto de vista do humano, a nos constituir. Todo tipo de narrativa oferece uma verdadeira viagem.”

Formando leitores
Ler e ouvir histórias do universo literário também desempenha um papel fundamental na formação de leitores. Para isso, no entanto, a escola deve ir além da simples leitura. Segundo Andréa Luize, é preciso investir numa ‘mediação potente’. “As escolas podem organizar sequências de leituras e situações de conversa. Dá para trabalhar, por exemplo, textos de acordo com os tipos de personagens”, explica. Esse trabalho que se aprofunda nos livros, autores e outros aspectos das obras, muito mais do que oferecer um caminho à alfabetização, permite que a criança desenvolva o hábito de leitura e aprecie a literatura por ela mesma.
Nos colégios particulares, o processo de formação de leitores literários costuma passar por visitas regulares à biblioteca, além do acesso aos chamados ‘cantinhos de leitura’, que contêm pequenos acervos de livros dentro da própria sala de aula. Para Mônica Mazzo, diretora pedagógica do AB Sabin, unidade infantil do colégio Albert Sabin, esses espaços dentro da classe são fundamentais para a aproximação das crianças com o universo literário. “Quanto mais livros em volta, quanto maior o contato com a literatura, maior o estímulo.”
Na Escola Santi, em São Paulo, o foco principal do trabalho com a literatura, segundo a coordenadora pedagógica Emiliam Santos, é justamente a formação do leitor literário. Nas visitas à biblioteca, as crianças não apenas leem e ouvem histórias, como também conversam sobre livros, autores e ilustradores. “Os alunos são convidados a posicionar-se como leitores, fazendo comentários, conversando sobre a forma de escrever dos autores”, explica.
Nesses projetos de mediação, um dos grandes desafios encontrados por escolas e professores é a escolha dos livros que serão trabalhados. Há muitas opções no mercado, mas é preciso dar atenção a aspectos que tornam a obra mais rica – e mais estimulante. Segundo Andréa Luize, a própria qualidade do texto é um dos fatores que separam obras literárias das não-literárias, e que deve ser foco de atenção dos educadores. “Tem também questões que dizem respeito à não-banalização da criança. Elas são exigentes, sabidas para enfrentar textos bem construídos. Outro ponto são ilustrações, que não podem ser muito estereotipadas.”
O sucesso desses projetos também passa pela formação do professor e do preparo para que esse profissional trabalhe os textos com as crianças. Para isso, os educadores devem ler e discutir os livros escolhidos para integrar o currículo. Segundo Eloisa Ponzio, também é preciso que a escola ofereça ao educador – e não só ao aluno – a possibilidade de estar mais próximo da literatura. “Na nossa escola, temos o gabinete de leitura, voltado aos adultos. Lá, há livros da área de pedagogia, mas também de literatura. A responsável pelo gabinete também faz apresentação e sugestão de títulos para os professores e outros profissionais da escola.”

Alfabetização
Se a alfabetização não precisa ser o foco do trabalho com a literatura, é bem verdade que é beneficiada por ele. Hoje, muitas escolas enxergam esse processo como algo natural, que começa a partir do momento em que a criança tem contato com a linguagem. “Deixamos a alfabetização acontecer de forma espontânea. Incitando o imaginário com a literatura, isso provoca perguntas, os alunos buscam respostas. Isso leva naturalmente para o processo de alfabetização”, diz Mônica Mazzo, do AB Sabin.
Para Andréa Luize, do Instituto Vera Cruz, a antecipação da meta de alfabetização para o 2º ano, instituída pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), pode preocupar pela possibilidade de as escolas passarem a priorizar aspectos instrumentais no trabalho com a literatura. “Isso pode acontecer sobretudo em escolas que fazem um trabalho mais tradicional, com cópia, ditado”, avalia. “É a alfabetização de um jeito ruim, em que se lê o texto literário para trabalhar as sílabas, por exemplo. Desconfigura o próprio texto.”

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Cada Letra uma História

 

É fácil reconhecer as letras depois de brincar com elas. É fácil escrever quando as letras são histórias que fazem rir e trazem emoções. Uma coleção de ajuda à alfabetização cheia de alegria e bom humor que vai fazer com que a criança goste muito mais de estudar e de ler. Nada melhor que o prazer da leitura para abrir novos caminhos aos jovens leitores.




Natal em Família com a participação dos Pibidianos

 Pibidianos do curso de Pedagogia participaram do encontro on-line promovido pela Escola Áurea Paula de Souza com o tema "Natal em Família". O encontro reuniu, de forma remota, professores, pais e alunos para celebrar o Natal. Os pibidianos apresentaram as histórias "Jesus Nasceu" e "A noite de Natal".